2020 com “Abril no Feminino”…
Não é uma promessa, mas um forte desejo alimentado pelo balanço muito positivo com a realização da primeira edição em 2019 de “Abril no Feminino”. Uma ideia que virou projecto, o qual reuniu dezenas de participantes, colaborações várias e um público interessado, transversal e com regular afluência aos diferentes eventos. Dar visibilidade e protagonismo às Mulheres, evidenciando o seu poder criativo, o seu olhar, o seu pensamento, numa discussão e partilha alargadas, para a qual todos fomos convocados, Homens e Mulheres, foi o nosso propósito.
Cartas a uma Ditadura
Nesta terça-feira, 23 de Abril, 60 minutos bastaram para recordar um país triste e sombrio. “Cartas a uma Ditadura”, filme documentário de Inês de Medeiros, parte da condição da mulher nas décadas de 50 e 60 do século passado, cujos direitos de cidadania mais elementares simplesmente eram negados. Tempos de miséria, desigualdade e obscurantismo. No final da sessão, a prometida e estimulante conversa com os historiadores Irene Flunser Pimentel e Rui Bebiano.
Ciclo de Cinema “Como Elas Cantam”!
Abrimos com Janis Joplin, e a exibição de “Janis: Little Girl Blue,” de Amy Berg. Francisco Amaral, personalidade incontornável da rádio portuguesa e a quem estão associados alguns dos melhores programas de autor, foi nosso convidado para falar sobre Janis e comentar o filme anunciado. Escutámos uma leitura pessoal e atenta sobre o percurso de vida de uma mulher singular, cuja vida breve e tumultuosa ditou o fim de uma carreira artística que marcou uma geração.
Domingo 14 de Abril, dose dupla!
Foram muitos aqueles que se deslocaram ao Museu Nacional de Machado de Castro para seguir a visita orientada por Carlos Santos, Pedro Ferrão e Virgínia Gomes. Três peças escolhidas, para conhecer em detalhe, apresentadas por quem sabe e estuda a matéria: Agripina-a-Antiga, Rainha Santa Isabel e Josefa d’Óbidos, “Três Mulheres Singulares”. Depois, um salto à sala do Serviço Educativo, que foi pequena para tanta gente, para assistir ao lançamento de “Coimbra”, de Catarina Sobral, editado pela Pato Lógico.
10 mulheres que marcaram a vida de Jesus
Foi pequena a sala para acolher, no magnífico espaço da Casa da Escrita, todos aqueles que quiseram assistir à terceira sessão do “Ciclo de Conversas”. O tema proposto foi brilhantemente abordado pelo convidado, Pe Nuno Santos, Reitor do Seminário Maior de Coimbra. Num tom informal e de modo claro, aprendemos sobre o lugar surpreendente que as mulheres ocupam na vida e acção de Jesus e a atenção ao feminino que o mesmo partilhava.
Para os mais novos
“MULHERES INCRÍVEIS”
Aconteceu este 30 de Abril, na Escola Básica Solum Sul, em Coimbra. Fechámos a programação de “Abril no Feminino” com o futuro diante de nós. Haverá melhor forma? Cerca de duas centenas de crianças, entre os 6 e os 10 anos de idade, assistiram e participaram de forma entusiasmada na actividade de animação para elas especialmente concebida, trabalho este realizado com criatividade e saber pela Companhia Camaleão. Quatro mulheres portuguesas extraordinárias foram o ponto de partida para uma viagem no tempo, pretexto afinal para evocar Brites de Almeida, Josefa d’Óbidos, Maria Beatriz Ângelo e Sophia de Mello Breyner.
Mulheres na Arquitectura
A feminização da arquitectura, com uma maioria de mulheres a frequentar a licenciatura e um número cada vez mais significativo de inscrições na respectiva ordem, não significa que se assista a um reconhecimento e plano de igualdade no exercício da profissão ou na carreira académica. O preconceito existe e está instalado: nas Universidades, nos ateliers ou na contratação de serviços por parte dos clientes. Há um caminho longo a fazer e uma luta a travar, que não pode esperar.
Pela mão de Judite
“Uma coisa, porém, é certa. Ela descobriu um dia, de repente, que ser máquina é bom para as máquinas e não para as criaturas de Deus. E foi dar uma volta a fim de aclarar as ideias e pensar em mudar de vida.”
“A Jovem e a Máquina de Escrever”, in “O Homem no Arame”.
12 Mulheres, 12 Vozes
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Numa manhã que prometia chuva, tivemos um sol tímido por companhia, no justo tempo do percurso pelas ruas Ferreira Borges e Visconde da Luz, para ver a exposição de fotografia assinada por Rita Carmo. São doze montras, de outras tantas lojas, que acolhem nomes maiores da música portuguesa. Marisa, com o Tejo a seus pés, na loja das conservas, Comur. Ana Moura, com os livros em volta, na Livraria Bertrand. Surma e os seus cabelos pintados, na Colorvita.
Cravo(s) e Outras Flores
Foi na magnífica Sala São Tomás, no Seminário Maior de Coimbra, que o numeroso público presente escutou o belíssimo concerto de música barroca, protagonizado por Cândida Matos (cravo) e Leonor Barbosa de Melo (soprano). Mostrar a diversidade do feminino celebrada na música, foi o propósito deste recital que juntou pela primeira vez as duas intérpretes. Cantar as várias vertentes da Mulher, explorando o tema do amor e interpretar obras escritas por algumas compositoras da época barroca que escreveram música de inegável qualidade e beleza, constituiu o alinhamento de um recital que deixou memória, pela qualidade, talento e competência exibidas. Que este concerto seja o primeiro de muitas parcerias futuras.
Ciclo de Conversas 4 e 5 de Abril
A Casa da Escrita encheu-se de gente para assistir às conversas programadas para a primeira semana de “ABRIL NO FEMININO”. “Mulheres e Ciência”, reuniu Eugénia Cunha, Helena Freitas e Paula Santana, num encontro sabiamente conduzido por Alexandre Quintanilha. Memórias pessoais e histórias partilhadas, num registo informal, simples e intimista. Uma sessão estimulante e enriquecedora para todos os presentes. No dia seguinte, foi a vez de “Mulheres Viajantes”, com Sónia Serrano, à conversa com Maria José Goulão.
Hoje começou "Abril no Feminino"
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Foi no Dia Internacional do Livro Infantil que abrimos as portas da exposição de ilustração de Catarina Sobral. Também no dia 2 de Abril recebemos a notícia que a editora Orfeu Negro foi agraciada com o prémio de melhor editora europeia para a literatura infantil e juvenil, na prestigiada Feira Internacional do Livro Infantil de Bolonha, a decorrer até 4 de Abril. Alguns dos seus títulos são assinados por Catarina Sobral e as respectivas ilustrações podem ser apreciadas na exposição “Num milionésimo de segundo”, no Museu Machado de Castro. Até 28 de Abril. A entrada é livre.