"Violeta foi para o céu"

17 de Abril

Salão Brasil
Sessãos às 21h30
Entrada: 2,00 €
Sócios JACC e Fila K: 1,00 €
Bilhetes à venda no local, no próprio dia, a partir das 21h00.

Direcção Andrés Wood

Biografia

Co-produção: Argentina, Brasil, Chile e Espanha. 2012

O filme conta a trajectória da compositora, artista e cantora chilena Violeta Parra. Esta biografia não segue uma linha cronológica, focando-se em diversos momentos da vida de Violeta, como a sua infância na província de Ñuble, a sua viagem pelo interior do Chile, as visitas a França e à Polónia, além do romance que ela teve com o suíço Gilbert Favre. O filme é inteiramente intercalado com trechos de uma entrevista que Violeta Parra deu à televisão em 1962.

Andrés Wood , realizador chileno, lança mão da musicalidade arrebatadora de Violeta Parra, a mais importante folclorista chilena e criadora da música popular de seu país, como fio condutor para desenvolver a ficção baseada no livro “Violeta se fue a los cielos”, escrito pelo filho da artista, Ángel Parra, também ele compositor e intérprete. Narrando o seu trabalho musical, as suas memórias, os seus amores e esperanças, o filme traça a evolução de Violeta, da infância humilde até se transformar em sensação internacional e heroína nacional, com a intensidade das suas contradições internas, falhas e paixões.

“Cresci a ouvir a Violeta Parra desde pequeno. Mas a minha relação não é de um amor à primeira vista. Pouco a pouco a Violeta foi-me envolvendo e passei a compreender as suas letras, a sua dimensão como artista, a sua multiplicidade de talentos e a entender também a sua personalidade. Tentamos resgatar a Violeta como artista e como pessoa, num filme que pretende ser uma viagem emocional e biográfica” — Andrés Wood.

“Violeta foi para o céu” conquistou o prémio World Cinema Dramatic Competition, no Sundance Film Festival (EUA), em 2012.

Apresentação de Né Ladeiras

Iniciou a sua carreira musical com a fundação, em 1974, da Brigada Victor Jara. Colabora com os Trovante e integra, no início da década de oitenta, um dos projectos mais inovadores da música portuguesa, a Banda do Casaco. O primeiro trabalho a solo de Né Ladeiras, Alhur, é editado em 1982 pela Valentim de Carvalho, seguindo-se Sonho Azul, com produção de Pedro Ayres Magalhães. Participa no Festival RTP da Canção, de 1986 com “Dessas Juras que se fazem”, um inédito de Carlos Tê e Rui Veloso. Em 1989 lança um álbum dedicado à atriz sueca Greta Garbo, “Corsária”, com produção e arranjos de Luís Cília. Em 1994, Né Ladeiras edita o seu quarto álbum, com produção de Luís Pedro Fonseca, Traz-os-Montes, o qual resulta de dois anos de pesquisa de material relacionado com a música e a cultura tradicionais transmontana, tendo recebido o Prémio José Afonso e é justamente considerado um dos melhores discos de sempre da música portuguesa. Edita ainda Espanta Espíritos (1995) disco de natal idealizado e produzido por Manuel Faria, Todo Este Céu (1997), inteiramente consagrado às canções de Fausto. Em 2001 chega “Da Minha Voz”, com várias músicas de Chico César e participação de Ney Matogrosso, apresentado no Brasil e com espetáculos realizados em São Paulo. Mais recentemente, em 2016, lançou o CD "Outras vidas", dedicado a várias mulheres que marcaram a sua vivência e a sua carreira como Avita, Greta Garbo, Frida Khalo, Madre Teresa, Isabelle Eberhardt ou Violeta Parra. A música tem a sua assinatura, com letras de Tiago Torres da Silva e produção de Amadeu Magalhães.

Foram muitas e diversas as suas colaborações com outros artistas, de que é exemplo o disco editado em 2002, “Anamar, Né Ladeiras, Pilar – Ao Vivo” e participações especiais em vários trabalhos discográficos.