Leitura Encenada
“Pela mão de Judite”

12 de Abril, 19h00

Galeria de Santa Clara
Entrada Livre

Maria Judite de Carvalho (1921-1998)

Maria Judite de Carvalho

Foi uma escritora portuguesa, unanimemente considerada como uma das vozes femininas mais importantes da literatura nacional do século XX. É autora de contos, novelas, crónicas, assim como de uma peça de teatro e de um livro de poesia. Trabalhou nos periódicos Diário de Lisboa, Diário Popular, Diário de Notícias e O Jornal. Foi casada com Urbano Tavares Rodrigues e viveu em França e na Bélgica entre 1949 e 1955, ainda antes da sua estreia literária. O resto dos seus anos, passou-os na capital portuguesa.

Herdeira do existencialismo e do nouveau roman, a sua voz permanece intemporal, tratando com mestria e um sentido de humor único temas fundamentais, como a solidão da vida na cidade e a angústia e o desespero espelhados no seu quotidiano anónimo.

Observadora exímia, as suas personagens convivem com o ritmo fervilhante de uma vida avassalada por multidões, permanecendo reclusas em si mesmas, separadas por um monólogo da alma infinito.

«Flor discreta» da nossa literatura, como lhe chamou Agustina Bessa-Luís, a obra de Maria Judite de Carvalho foi várias vezes galardoada, destacando-se o Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco, o Prémio da Crítica da Associação Portuguesa de Críticos Literários, o Prémio P.E.N. Clube Português de Novelística e o Prémio Vergílio Ferreira.

A editora Minotauro / Grupo Almedina tem vindo a reeditar, desde 2018, a obra completa de Maria Judite de Carvalho. O primeiro volume inclui as duas primeiras coletâneas de contos de Maria Judite de Carvalho: Tanta Gente, Mariana (1959) e As Palavras Poupadas (1961), Prémio Camilo Castelo Branco. O segundo volume reúne duas coletâneas de contos – Paisagem sem Barcos (1963) e O seu Amor por Etel (1967) – e uma novela – Os Armários Vazios (1966). O terceiro volume agrupa três coletâneas de contos: «Flores ao Telefone» (1968), «Os Idólatras» (1969) e «Tempo de Mercês» (1973). Para breve, o quarto volume, com A Janela Fingida - O Homem no Arame - Além do Quadro.

Helena Faria

Helena Faria

Actriz, educadora, mediadora cultural, desde sempre ligada ao livro e à leitura, apaixonou-se por Maria Judite de Carvalho com "Seta Despedida". Depois devorou a sua obra e sentiu-lhe a cambraia no olhar. Essa sensibilidade que vê e mostra o que é invisível, que dá nome ao que não foi baptizado.

Inês Fraga (neta de Maria Judite de Carvalho)

Inês Fraga

https://expresso.pt/podcasts/palavra-de-autor/2019-01-30-Palavra-de-Autor-15-Ines-Fraga-neta-de-Maria-Judite-de-Carvalho-Todos-nos-somos-anti-herois#gs.ercIaR5R